A presidente da Associação de Proteção Animal Faunamiga de Capinzal e Ouro, Bruna Moresco, destaca a crescente problemática do abandono de animais e a dificuldade em encontrar lares temporários devido à quantidade expressiva. Ela explica a atuação da entidade, enfatizando a prática de Captura, Esterilização e Devolução (CED) como meio eficaz para controlar a proliferação de animais de rua.

"Nossas casas de apoio são de pessoas voluntárias que trabalham o dia inteiro e dedicam um pouco do seu tempo à causa animal. Estão lotadas, não temos mais como abrigar um, nem dois ou três animais. O que conseguimos é fazer ações voltadas às pessoas que querem nos auxiliar em cuidar de um animal ou tirá-lo da rua", explica.

Bruna esclarece que, devido ao atual cenário, a ONG enfrenta desafios para resgatar animais abandonados, concentrando esforços na castração de fêmeas como prioridade. A verba municipal, crucial para a alimentação dos animais nas casas de apoio, destina apenas 33% para castrações e atendimento a animais de rua. O restante do recurso será destinado para os animais que já se encontram nas casas de apoio.

A presidente destaca a ordem de prioridades na destinação da verba, incluindo animais de rua, aqueles em casas de apoio, famílias de baixa renda comprovadas e buscando equidade social. Bruna lamenta casos em que animais abandonados causam transtornos, incluindo envenenamento e sofrimento até a morte, resultado da irresponsabilidade humana.

A ONG busca a colaboração da comunidade, enfatizando a importância do trabalho conjunto com o município e seus habitantes para enfrentar o desafio do abandono de animais. Conclui ressaltando a necessidade de empatia e esforços conjuntos para minimizar os problemas enfrentados pelos animais e pela comunidade como um todo.