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A VERDADE EMPÁTICA DOS EGOCÊNTRICOS

  • Douglas Varela
  • 17/06/2019 08:04
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Estamos debaixo do mesmo céu, iluminados pela mesma luz solar e caminhantes sobre a mesma terra. Dentre milhões e milhões de pessoas com diferentes crenças, raças, origens, condições econômicas, mas mesmo assim, cremos que somos unicamente, os donos da verdade. Uma medida universal para tudo aquilo que nos cerca, pensando de maneira egocêntrica, olhando apenas para o próprio umbigo, e julgando anormal, errado e sem sentido aquilo que os outros fazem diferente de nós.

Criticamos profundamente os que tomam condutas diferentes às nossas, julgando-os insanos e até mesmo burros. Acreditamos que o mundo gira em torno de nós mesmos e que as pessoas se importam conosco. Engraçado, não?

Por exemplo, se alguém estudar mais do que eu, é neurótica, doente. Se alguém estudar menos, é preguiçosa, sem futuro.

Sair mais de casa do que eu? Festeira. Sair menos? Muito parada.

Faz dieta, ou leva mais a sério os exercícios do que eu? Obcecada. Se faz menos? É desleixada.

Não frequenta a igreja? Pecadora. Vai mais do que eu? É muito santa.

Se compra mais coisas do que eu? É gastadeira. Se compra menos? É mão de vaca.

Dança mais do que eu? Quer se exibir. Dança menos? É muito tímida.

E assim vai. Em nosso cotidiano há infinitos momentos nos quais vemo-nos como “a medida universal do bom senso”. Basta parar e analisar.

O fato é que infelizmente, na maioria das vezes, somos reféns da nossa própria realidade e discorremos críticas que ferem outras pessoas por não admitirmos que façam coisas “bacanas” tanto quanto nós.

Acreditamos que apenas nós mesmos sabemos o que é certo ou errado. Pensamos ser os únicos que sofrem, temos problemas ou passamos por situações difíceis.

O que esquecemos é que cada um vive uma realidade diferente de acordo com o que presenciou no passado, as condições financeiras, familiares e escolares. O certo ou o errado é muito relativo. Todos têm o direito de fazer aquilo que bem entendem, da maneira que quiserem. Desde que não burlem a lei ou causem danos aos outros seres, a felicidade é algo particular. Que se busca da maneira com que convém.

Não existe uma verdade universal, um caminho certeiro ou fórmula mágica. Cada pessoa constrói sua própria história.

E ninguém tem o direito de menosprezar ou exaltar o caminho alheio.

Precisamos respeitar mais, tanto a alegria, quanto a dor do outro.

 

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