Por meio da linguagem corporal, nós cristãos apresentamos a Deus nossas vidas. Nos prostramos diante de Deus, juntamos nossas mãos em oração ou abrimo-las, dobramos nossos joelhos ou nos ajoelhamos diante do Santíssimo Sacramento, ouvimos o Evangelho de pé e meditamos sentados.
A postura corporal adequada nos ajuda acessar os mistérios de Deus, e ajuda a mente a entrar em sintonia com o sagrado. É sinal de nossa liberdade. Como dizia Alfred Delp, “os joelhos dobrados e as mãos abertas estendidas são dois gestos originais do ser humano livre.”
Estar de pé diante de Deus exprime respeito (a gente se levanta quando chega alguém superior), ao mesmo tempo significa estar alerta e disponível. Com esse gesto, nós cristãos assumimos o gesto original de louvor quando estendemos as mãos para louvar a Deus.
Estar sentado diante de Deus significa que nós o escutamos em nosso interior e colocamos no coração a Palavra de Deus (Cf. Lc 2,51)
Quando nos ajoelhamos, reconhecemos nossa pequenez diante da grandeza de Deus, reconhecemos que dependemos da graça de Deus em nossas vidas.
Ao prostrarmo-nos no chão, adoramos Deus. O papa Bento XVI nos ensinou que adoração é “o reconhecimento da presença de Deus, Criador e Senhor do universo. É um reconhecimento repleto de gratidão, que parte do profundo do coração e envolve todo o ser, porque somente adorando e amando a Deus acima de todas as coisas o ser humano pode realizar-se plenamente.” (Bento XVI 07/08/2005)
Por fim, quando unimos nossas mãos, nós cristãos, abandonamos a dispersão e nos concentramos nos unindo a Deus. As mãos postas juntas, são o gesto original de súplica e pedido a Deus.
Que possamos orar mais e melhor, pois na liturgia nossas ações e gestos revelam nossa interioridade. O corpo fala, e nossa linguagem corporal, pode nos ajudar a nos aproximar de Deus e de seu mistério.