Há três anos o aposentado Alfredo Silveira de Ávila, de 73 anos, passou a utilizar parte do seu tempo na prática de uma atividade que se tornou uma grande paixão – o artesanato. A experiência adquirida ao longo de 33 anos como marceneiro tem contribuído na criação de suas peças em madeira.

Ávila que reside com a esposa no Loteamento Nossa Senhora de Lurdes recebeu na semana passada a reportagem do Jornal A Semana onde contou um pouco do hobby que tem se transformado numa renda extra para a família.

Sua arte é baseada na construção de brinquedos como carrinhos, casinhas de boneca, porta cuia, porta esmalte e demais peças que tem o MDF como principal matéria prima. O ateliê ele montou no porão da casa onde geralmente fica entre duas a três horas por dia.

Tudo começou quando construiu um carrinho e presenteou o neto. O filho ficou impressionado com o talento do pai e sugeriu que ele fizesse outra peças e até mesmo tentasse vendê-las. A ideia foi bem aceita e o trabalho reconhecido, desde então não parou mais.

Há cerca de seis meses o aposentado passou a integrar a Associação Tecendo Cidadania de Ouro – ATECO, do núcleo de artesanato da Associação de Micro e Pequenas Empresas – AMPECO que possuiu cerca de 20 membros em Capinzal, Ouro, Zortéa e Piratuba.

O artesão conta que a expectativa dos companheiros é um apoio do poder público. Atualmente a administração de Ouro disponibiliza a Casa do Artesanato, localizada na Praça Pio XII, onde diariamente é feita a exposição e venda das peças. Porém, espera-se por um espaço semelhante em Capinzal e Zortéa.

Ávila que aprendeu a criar suas peças por conta própria atribui a vocação e força de vontade. Aproveitou para sugerir ao poder público maior incentivo aos artesãos, não somente para os idosos como ele, mas também aos jovens que muitas vezes acabam desistindo por falta de apoio.