Com o tema “Fraternidade: biomas brasileiros e defesa da vida” e o lema “Cultivar e guardar a criação” a Campanha de 2017, apresenta a necessidade do despertar de cada pessoa, para uma consciência ambiental e uma conversão pessoal e comunitária com relação ao tema.

O desafio da CF 2017 é formar consciência, de modo que as pessoas contemplem o meio ambiente de uma forma mais cristã. Por conseguinte, a Igreja percebe que é necessário uma reflexão mais aprofundada sobre a importância do pensamento coletivo, de uma responsabilidade assumida verdadeiramente com respeito ao próximo e à natureza, como princípios de um bom cristão.

O grande desafio é o individualismo acentuado vivido em nossa sociedade. Um exemplo evidente dessa tendência foi a crise hídrica no Estado de São Paulo, em que muitas pessoas só tomavam consciência do problema se abrissem a torneira e não tivessem água. Mesmo diante disso, não faltaram situações de desperdício e atitudes totalmente irresponsáveis. Por isso, se faz necessário uma mudança de mentalidade.

Com o objetivo de contribuir na formação das pessoas e incentivar ações que favoreçam o meio ambiente e as gerações futuras, a CNBB preparou uma série de atividades como via-sacra, temas para os grupos de reflexão e celebração penitencial. A Igreja busca motivar gestos concretos que podem motivar a política pública a criar ações que promovam um meio ambiente sustentável e incentivar a participação dos leigos e leigas nos conselhos, como o Conselho Municipal do Meio Ambiente.

Durante a Quaresma, que se que inicia na Quarta-feira de Cinzas (1 de março), nós católicos busquemos viver a experiência de uma espiritualidade franciscana de respeito e amor à natureza.

As grandes perguntas que ficam: como entregaremos o mundo para os filhos, para os netos, para as gerações futuras? Até quando o ser humano vai tratar a natureza simplesmente com objeto de lucro, manipulando-a cada vez mais, sem pensar nas consequências futuras?

Que São Francisco, o padroeiro da ecologia e grande defensor do meio ambiente, nos ensine com a sua vida e com seus escritos, que a natureza não pode ser manipulada muito menos tratada como objeto de lucro, pelo contrário, a natureza é a nossa irmã, enquanto criatura de Deus.