Jornal A Semana

Do desemprego ao artesanato, bibliotecária conquista renda extra e auxilia nas despesas da família

  • Douglas Varela
  • 15/04/2018 07:00
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Após ficar desempregada há cerca de cinco anos, a bibliotecária Eliziane Maria Alves Machado resolveu usar seu talento para auxiliar o marido na renda da família que reside no Loteamento Nossa Senhora de Lurdes, em Capinzal.

Lizi, como também é conhecida, é formada em biblioteconomia e para ocupar o seu tempo começou a confeccionar lembrancinhas de EVA (Etileno Acetato de Vinila). O hobby se transformou numa forma de conter despesas, tanto é que foi ela mesma que fez o material para o chá de panelas do seu casamento, o chá de fraldas de filha e do aniversário de um aninho.

Os familiares e amigos ficaram encantados com seu trabalho e a incentivaram para que tirasse proveito do seu talento. Foi quando ela decidiu investir ainda mais do seu tempo, e a brincadeira se transformou em algo mais sério. As encomendas começaram a surgir e desde então sua rotina foi transformada.

Lizi conta que para atender a demanda, começa as atividades bem cedo, antes que a filha de quatro anos acorde. A tarde quando a “pequena” vai na creche, a moradora volta suas atenções para a confecção de suas peças. O trabalho continua até a noite e, muitas vezes, se estende até a madrugada.

A artesã lembra que já tentou confeccionar peças em tecido e papel, mas não teve o mesmo sucesso que o EVA o qual tem maior facilidade em trabalhar. São lembrancinhas para recém-nascidos, batizados, festas de aniversário, agenda escolar, capas para caderneta de vacinação e cadernos escolares e demais eventos temáticos.

A internet é uma das grandes aliadas da artesã na criação de suas peças. Ela apresenta alguns modelos para as clientes e faz as adaptações conforme a necessidade. O resultado são muitos elogios e satisfação da clientela e uma renda extra para a família.

Lize destaca que o artesanato na região é uma utopia. “Ninguém vai ficar rico fazendo artesanato, isso é um fato. Mas o dinheiro que entra auxilia muito, na conta da luz, água e na compra dos alimentos. É importante valorizar o trabalho, mas não adianta fazer um preço exorbitante”, comentou a artesã que pretende continuar melhorando suas técnicas e registrar empresa, que irá facilitar a compra dos materiais e até mesmo nas vendas através da internet (e-commerce).

Desde o ano passado Eliziane faz parte da Associação Tecendo Cidadania de Ouro (ATECO) que expõe seu trabalho e dos demais membros na casa do artesanato, localizada na Praça Pio XII, em Ouro.


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