Cultura

Empresário encontrou o artesanato como grande aliado contra a depressão

  • Douglas Varela
  • 20/01/2018 08:00
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O empresário ourense Ervino Masson, de 53 anos, teve o artesanato como grande aliado no combate a depressão. Foram cerca de nove anos sofrendo com a doença até que certo dia assistiu uma reportagem a qual mostrava pessoas que conseguiram se livrar do problema com ajuda do artesanato.

Masson conta que a partir do momento em que ocupava seu tempo na realização de peças em madeira, especialmente na construção de mesas e bancos artesanais, percebeu que as crises depressivas diminuíam e o sentimento de bem estar se tornava cada vez mais presente em sua vida.

Hoje, já são 18 anos que associa as funções de empresário no setor supermercadista e artesão. Além de um hobby, o artesanato também garante uma segunda fonte de renda. Ao longo de quase duas décadas já produziu centenas de peças que foram comercializadas e rederam recursos que, entre outras situações, aplicou na construção de uma sede no centro do município. O local proporciona lazer a família e amigos.

O empresário explica que nem mesmo o cansaço de um longo dia de trabalho lhe impede de produzir suas peças. Aliás, é justamente o artesanato que costuma realizar logo após o expediente, ou, até mesmo, num intervalo, entre o final da manhã e começo da tarde, que faz a diferença no encerramento de mais um dia.

Como toda profissão, existem dias em que a carga de estresse é tão grande que a pessoa necessita de algo que ajude a descarregar esta energia negativa e, ao mesmo tempo, recarregá-la com sensações de bem estar e satisfação que servirão de escudo contra os pensamentos maléficos que muitas vezes surgem nestes momentos.

Muitas vezes para atender a demanda de pedidos e ao mesmo tempo levado pelo sentimento de bem estar, o empresário afirma que chegou a ficar por sete horas depois do expediente se dedicando na produção de novas peças. As ideias, segundo ele, surgem muitas vezes instantaneamente. “Primeiro faço as peças pra mim e, se me agradar, faço outras pra vender”, comentou Masson que diz ter feito ao longo de quase vinte anos mais de 400 mesas, sem contar com outros tipos de peças.

Há mais de uma década o empresário faz parte da Associação Tecendo Cidadania de Ouro (ATECO). Ele conta que a união do grupo e as sugestões feitas pelos membros fortalece ainda mais seu trabalho e ao mesmo tempo garante maior segurança para continuar fazendo o que mais gosta.


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