O fechamento das comportas da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Barra do Leão vem causando preocupação a alguns moradores do Distrito da Barra do Leão, interior de Campos Novos.

Na manhã desta terça-feira (05) a reportagem da Rádio Capinzal foi procurada pelo empresário Adair Amalcabúrio, proprietário da Moageira Leonense LTDA, o qual afirmou que as atividades da empresa serão afetadas diretamente pelo enchimento da barragem. 

Ainda na madrugada, o advogado Marcelo Henrique Barison ingressou com uma Tutela Acautelatória Antecipada na Justiça da Comarca de Campos Novos solicitando que o Juiz determine que a empresa responsável pelo empreendimento mantenha abertas as comportas e consequentemente o nível normal das águas do Rio Leão.

Segundo o advogado, caso o magistrado conceder a liminar ele terá 15 dias para ingressar com a ação principal na qual solicitará a Três Leões Participações S/A, um estudo que demostre a viabilidade de funcionamento da Moageira Leonense com o nível de água que sobrará do rio. Caso contrário, no próprio pedido a empresa estará cobrando uma indenização por perdas e danos e lucros cessantes devido à impossibilidade de prosseguir com as atividades.

A reportagem da Rádio Capinzal esteve no local buscando por maiores informações, porém, nenhum dos responsáveis quis gravar entrevista e até mesmo impediram que fossem feitas imagens do empreendimento. A Polícia Militar chegou a ser acionada para garantir a segurança do local.

PCH

A PCH Barra do Leão, que pertence a Três Leões Participações S/A, começou a ser implantada em setembro de 2015. O empreendimento que está a cerca de quatro quilômetros do Balneário Termas Leonense terá um investimento de aproximadamente R$ 15 milhões.

A capacidade de produção será de 3.570 KW de potência instalada e 3.410 kW de potência líquida, a qual será compartilhada com a PCH Santo Expedito e PCH Spessatto, com 17 km de extensão, até subestação de Herval D'Oeste, sob responsabilidade da Celesc Distribuição S.A.