Quando o colaborador de uma empresa está passando por dificuldades financeiras, notoriamente seu rendimento é prejudicado, seu desempenho não é o mesmo e acaba por produzir menos. No entanto as pessoas podem dizer: Claro que problemas financeiros atrapalham os profissionais em seu desempenho, assim como problemas de saúde, estresse, mal relacionamento com colegas de trabalho, dentre outros. Aí está a questão: Cada vez mais observamos a preocupação das organizações (e não apenas das grandes empresas, as médias e pequenas também se mobilizaram para estes temas), oferecendo aos colaboradores inúmeras possibilidades de apoio aos seus problemas, mas quase nada no sentido de orientar as finanças das pessoas que fazem o negócio andar.

Por exemplo: Estas empresas investem altíssimos valores em palestras motivacionais, experts em vendas, seminários e fóruns, área de lazer e integração para os colaboradores, planos de saúde e odontológicos, convênios com comércios de todos os setores, auxílio transporte, moradia, educação, e tantos outros que muitas vezes só quem é colaborador sabe.

Não estou criticando os benefícios oferecidos, muito pelo contrário, tenho plena certeza de que todos eles contribuem em muito para que todos tenham condições de produzir o seu melhor. O que eu quero dizer é que as empresas desprendem altos valores em todos estes auxílios, mas não proporcionam ao colaborador quase nenhuma orientação financeira para entenderem mais sobre o seu dinheiro. As empresas possuem os melhores profissionais em finanças para fazer seu dinheiro render em lucros, e não repassam conhecimento nenhum para os seus funcionários cuidarem do dinheiro deles.

No que diz ao financeiro, as empresas pensam que apenas pagar o salário em dia e recolher o FGTS do colaborador já é suficiente. Mas não é! Pessoas sem base financeira podem receber um aumento salarial atrás do outro que não resolverão seu problema de falta dinheiro. Falta instrução ao colaborador. Falta a empresa possibilitar as pessoas outros benefícios, como já descontar em folha um valor destinado á um fundo de previdência privada por exemplo. Fazer convênios com bancos para ofertar linhas de crédito consignado em folha com juros 10 vezes menor do que o cheque especial que o colaborador está até o pescoço com o banco. Falta disponibilizar um orientador financeiro para dar dicas sempre que um funcionário precisar de orientação ou for fazer um negócio. Orientações de o que fazer com o dinheiro quando a empresa paga o 13º salário. E por aí vai...

Estes são exemplos de coisas simples, com baixo custo, mas com um potencial de resultado enorme para a motivação pessoal dos colaboradores. Reflexo disso? A empresa ganha em resultado com pessoas mais produtivas, motivadas e tranquilas.