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INDÚSTRIAS REUNIDAS OURO: MEMÓRIA HISTÓRICA (2)

  • Douglas Varela
  • 28/09/2019 10:15
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No artigo anterior, resumi o início da história das Indústrias Reunidas Ouro, citando o contexto de seu nascimento e os nomes das pessoas, atores decisivos para sua prosperidade, como forma de homenageá-los por tão importante contribuição à região.
Sim, porque logo após de ter assumido a diretoria da empresa, como Diretor Gerente, Luiz Gonzaga Bonissoni, junto com os componentes, fez a aquisição de duas cantinas, localizadas em Barra Fria e Ouro-SC, que pertenciam a Alexandre Thomazoni. E houve a aquisição de cereais, suínos e diversos outros produtos da região. Logicamente, foram necessários altos investimentos para a dinamização desses itens e, também, para instalar uma casa comercial grande, proporcionando o atendimento no atacado e varejo.
Conforme cita o advogado e historiador Vitor Almeida (2004, p. 132), em 1938, “por decisão unânime, foi transformada em sociedade anônima, com capital subscrito na ordem de CR$ 600.000,00”, quando foi eleita a primeira diretoria: Presidente: João D'Agostini; Diretor Comercial: Luiz Gonzaga Bonissoni; Diretor Geral: Biagio Spada.
A empresa teve ascensão notória a cada ano, com os seguintes aumentos de capital: 

 As Industrias Reunidas Ouro S/A se desenvolveu mais, conforme relata Almeida (2004, p. 132), e ampliou sua linha de bebidas dos mais diversos tipos, entre outras iniciativas:

[...] Na compra e venda de cereais, casas comerciais, serrarias, olarias em pleno funcionamento, produtos frigoríficos da já famosa marca 'Ouro', com grande demanda no mercado nacional, principalmente no estado de São Paulo, onde mantinha seus depósitos na rua da Cantareira. Também era proprietária de uma usina hidrelétrica, com aproveitamento de águas do Rio do Peixe e quedas existentes.

Na sequência, foram realizados estudos de viabilidade econômica para que um grande abatedouro de aves do município fosse construído, tendo em vista o mercado internacional. Iniciaram-se os trabalhos da construção do novo complexo industrial, sediado no bairro São Cristóvão, Cidade Alta.
No entanto, no decorrer dessa construção, o controle acionário da IROSA foi transferido para a Perdigão S/A., que se tornou o maior abatedouro da América Latina.
A história continua. São importantes os registros históricos escritos, como os de Vitor Almeida, no livro Capinzal: joias desta terra e desta gente. Joaçaba: UNOESC, 2004. Continue pesquisando você também.
Comece ouvindo as histórias contadas pelos mais velhos, sobre um lugar, um bairro, uma família, gravando e transcrevendo. É o primeiro passo.
Agradeço pelas informações já recebidas sobre a história de Coxilha Seca. Aguardo outras. Vamos nessa?


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