Transformar pedaços de madeira em verdadeiras obras de arte. Com esta percepção o artesão Eliziário Farias da Silva vem garantindo uma fonte de renda para a família na confecção de mesas, cadeiras, bancos, demais objetos decorativos e utilidades domésticas.

O morador de Zortéa conta que sempre gostou de madeira. O hobby surgiu em uma antiga madeireira no município de Ouro onde teve as primeiras ideias. No começo as peças eram feitas para uso da própria família, mas a partir do momento em que seu trabalho foi reconhecido, surgiram as primeiras encomendas.

No começo a principal dificuldade enfrentada foi a falta de algumas ferramentas e equipamentos, que muitas vezes inviabilizava um trabalho mais ágil e com a qualidade que desejava. A partir de alguns investimentos a situação se tornou mais favorável.

Eliziário disse que se dedica integralmente ao artesanato. “Levanto cedo, tomo umas cuia [chimarrão] vou pro batente, meio dia paro e logo depois do almoço começo de novo. Até que não termino minhas encomendas não paro”, destacou o morador que conta com o auxílio da esposa no transporte e manuseio das madeiras.

O artesão que constantemente recebe visitas em seu ateliê também revive o passado com a restauração de móveis antigos. O material, segundo ele, além de bonito tem maior durabilidade. Por enquanto que a confecção de novas peças ele faz mediante encomendas, evitando o desperdício da matéria prima.

Eliziário é um dos fundadores da Associação Tecendo Cidadania de Ouro (ATECO) que atualmente conta com 11 membros. O grupo contribui com uma mensalidade e recebe o suporte através do núcleo do artesanato da Associação de Micro e Pequenas Empresas de Capinzal e Ouro (AMPECO).