Jornal A Semana

MORTE GRADUAL: A PRESSÃO PERFECCIONISTA

  • Douglas Varela
  • 20/05/2019 08:15
13202870855ce28c7d565976.81442712.jpg

Nós precisamos de um tempo. Parar e respirar com suavidade. Pegar leve conosco mesmos. Nem tudo sai perfeito e exatamente como queríamos e está tudo bem. Se demos o melhor de nós mesmos, agimos em nosso limite, não há de que se desculpar.

O mundo é duro mesmo. As pessoas exigem a perfeição, a eficiência, mas nem elas o são. É preciso dar um stop. O aperto no peito, a dor no fundo da barriga, a sensação de insuficiência existe enquanto as enaltecermos. Há muitas coisas para se fazer, não há como dar conta de tudo ao mesmo tempo. É humanamente impossível.

É preciso saber respeitar os limites. Dar tempo ao tempo. Viver um pouco de cada vez. Se temos uma lista de matemática para resolver, vamos resolvê-la e só depois nos preocuparmos com a lista de química. Não dá para fazer duas coisas ao mesmo tempo e ao final, vamos dar um jeito de conseguir fazer tudo. Sem ansiedade. Sem preocupações. Sem insônia.

Pra que tanta pressão?

O mundo não vai acabar amanhã. Não será uma nota baixa que aterrará nossa vida acadêmica nem um crush meia boca que destruirá nossa vida amorosa.

E se realmente o mundo acabar, pelo menos, podemos ter a consciência limpa de que fizemos tudo o que estava em nosso alcance.

E merecemos o melhor apenas por ter tentado.

Ao invés de focar apenas naquilo que não conseguimos fazer, vamos olhar tudo o que já temos feito. Somos incríveis.

Todos nós, dentro dos próprios limites.


Enquete