Diferente do que se verifica nas nascentes que foram cercadas há quase 10 anos pela ONG SOS Natureza, onde há água em abundância e a mata ciliar está protegida, no centro da cidade o que se verifica é um quadro de completa desolação.

No fim de semana, a reportagem do Jornal A Semana percorreu trechos do Rio Capinzal. Da ponte que liga as ruas Erni Edgar Fleck e Francisco Helt, no Bairro Santa Terezinha, até a foz no Rio do Peixe encontrou muito lixo jogado no leito e as margens do córrego, pouca água e um cheiro fétido em praticamente todos os pontos.

Além do estreitamento natural provocado pelas construções, o córrego está tomado por pneus, embalagens pets, sacolas plásticas e até vasos sanitários. Impressiona também a grande quantidade de esgoto doméstico lançado no riacho.

No trecho de mais de um quilômetro a reportagem verificou e registrou inúmeros canos e galerias que despejam água escura no leito do Rio Capinzal. Na parte urbana praticamente não há peixes e a água corre em filetes na maior parte do trecho.

O crescimento desordenado da cidade, a falta de conscientização popular e a falta de ações concretas de preservação estão matando dia-a-dia a Rio Capinzal.