Quantas vezes você deixou de seguir suas vontades por querer agradar aos outros?

Quantas pizzas não saboreadas, viagens não feitas, roupas nem sequer experimentadas...

Tenho percebido isso nas pessoas, uma ampla insatisfação com o seu “eu” e preciso admitir que demorei a compreender o porquê disso... Na verdade o “eu” tem sido muito mais “eles”.
Quantos “eu” tem se negligenciado por agradar “eles...” E o resultado não poderia ser outro, uma inconsistência plena de si mesmo, larga distância entre desejos e ações, disparidade entre pensamentos e comportamentos, pessoas insatisfeitas, infelizes, incompletas...

Neste contexto ficamos imersos em uma expectativa jamais realizada, pois nunca contentaremos a todos, quanto mais, teremos reconhecimento por isso. Passamos de idealistas, a hipócritas formados em laboratório, caímos no abismo de querer agradar a todos, e, quanto mais fazemos, mais cavamos para um buraco sem fim.

Refletir é o começo para uma virada estratégica, dar-se conta é a chave mestre para que este movimento se descontinue, mas não é o suficiente.

Não se trata também, de “ser do contra” ou rebelar-se às ideias alheias, mas sim imergir em si mesmo, autoconhecer seus valores, princípios e crivos de bem estar.

Saber de si tem um inestimável valor, conduzir seus passos de forma deliberada é para os sábios. Sabedoria não se acha em livros, embora seja sua pretensão, sabedoria se encontra na calma, na respiração, na vida que Deus nos deu... Somos sábios quanto temos autodomínio, quando nos blindamos das expectativas alheias, quando colocamos nossos princípios acima das questões sociais.

Quando fazemos isso agradamos a muitos, tenha certeza disso! Porque eu afirmo? Porque você estará sendo autêntico e aí sim muitas pessoas não apenas gostarão de você, mas irão se inspirar na sua forma de ser, pois perceberão a sua força, suas habilidades e características, assim como será evidente o contrário, pois você não estará mais se submetendo às expectativas alheias e quem não gosta, não receberá agrados para gostar.

Desprenda-se do “eles”, abrace o “eu”, viva os seus princípios e seja o melhor que puder, inspire alguns, distancie outros... Agrade naturalmente e pare de querer agradar!