Iniciamos neste final de semana (02/12) o tempo do Advento, isto é, o tempo de preparação para o Natal. São quatro semanas que recordam os tempos antigos quando o povo de Deus esperou a vinda do Messias. Nas Igrejas há um clima e esperança e de expectativa pela vinda de Cristo. Nas comunidades cristãs começam os encontros, as reuniões e as reflexões sobre a melhor maneira de celebrar a vinda de Cristo no dia do Natal.

Há, portanto, no ar um clima de esperança e de alegria. Mais uma vez a humanidade vai ser convocada a preparar as mentes e o coração para reviver o maior de todos os acontecimentos da história da humanidade: um Deus se fez criatura humana para que os homens pudessem voltar para Deus. O pensamento principal neste inicio de Advento, leva-nos a renovar a esperança de que a vinda de Cristo é um apelo para a paz neste mundo envolto em violência.

A paz é possível e é uma proposta para todos. Cabe a cada um de nós, ouvir este apelo e responder com fatos e com exemplos concretos. Infelizmente, o mundo não dá exemplo de que trabalha e luta pela paz. É quase o contrário, trabalha e pensa nas fábricas de armas para a guerra.

Entre as pessoas de boa vontade, de esperança e de fé este tempo de preparação para o Natal é um tempo de esperança. A Igreja não vive de saudades do passado, mas vive especialmente da esperança do futuro. O Deus menino já veio, pela primeira vez no seu nascimento e virá no fim dos tempos uma segunda vez.

Certos desta esperança de que o Senhor voltará, o cristão torna-se arauto e mensageiro da paz. Vive o amor e a fé como fundamento de sua vida e encara com simplicidade tudo o que é passageiro e ilusório. A única história que o anima a viver é a promessa do próprio Cristo: Ele virá uma segunda vez.

Na primeira vez, afirma São Cirilo de Jerusalém, Ele veio envolto em faixa e foi reclinado num presépio; na segunda vez, ele virá revestido de luz como de um manto. Na primeira, suportou as dores da Cruz e do sofrimento, na segunda, virá cheio de glória e cercado de uma multidão de anjos.

A esperança cristã é a única história que anima o cristão a viver e a buscar a paz. Sabe que é preciso crescer continuamente porque a idéia do fim, da volta de Cristo e do julgamento é uma meta ideal e o início de uma etapa do plano de Deus. Parece um mistério, um mundo complexo e difícil. Realmente, quando falamos dos projetos de Deus, todos sentimos e percebemos como tudo isso é, de fato, um mistério.

Todavia, à medida que formos descobrindo o sentido do Advento, iremos perceber como Deus sabe oferecer às pessoas e ao mundo novas perspectiva e novos sinais de que o Senhor veio, está vivo e há de voltar. A caminhada que empreendemos, neste início de Advento, e que se prolongará até o dia do Natal, é um convite e um apelo ao crescimento e à caminhada para o encontro com Deus. Só encontra Deus quem está disposto a abrir a portas e só chega até Deus que está disposto a caminhar.