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Uso de spray de pimenta por policial militar causa revolta de torcedores e diretoria esportiva do São Cristóvão

  • Jardel Martinazzo
  • 23/04/2018 09:24
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Uma briga mobilizou policiais militares minutos após o encerramento da partida entre São Cristóvão e Colina pelas semifinais do Campeonato Municipal de Futebol de Capinzal. O fato não teve relação alguma com o confronto que ocorreu neste domingo (22) no campo municipal do bairro São Cristóvão onde o time da casa avançou para a final.

O dirigente do São Cristóvão, Eliseu Divensi (Crespo), concedeu entrevista na manhã desta segunda-feira, dia 23, à reportagem da Rádio Capinzal, onde lamentou o fato e disse que tudo começou após um rapaz ter provocado torcedores do time da casa. A situação se agravou depois que um policial militar usou spray de pimenta no intuido de dispersar as pessoas.

Crespo lembra que muitos que não tinham nada a ver com o ocorrido, sendo mulheres e até mesmo crianças, foram atingidos pelo produto. Diversas pessoas chegaram a passar mal e precisaram a ser amparadas pelos familiares e amigos. O diretor esportivo confirmou que o assunto será discutido com os demais membros da diretoria, mas adiantou que alguma providência deverá ser tomada.

“A atitude dele [policial] de jogar spray nas pessoas não se faz no São Cristóvão e em lugar nenhum. Colocou em risco vida de crianças, um bebezinho de colo, já pensou pegar um spray numa criança dessas, ela não sabe se defender. A tragédia poderia ter sido grande. A gente só lamenta isso, está muito triste e vai ficar marcado para o resto da vida”, comentou Crespo o qual afirmou que a situação já estava praticamente controlada.  

A reportagem da Rádio Capinzal esteve em contato telefônico com o comandante da 2ª Companhia do 26º Batalhão de Polícia Militar de Capinzal, Capitão Cleverson Garcez, o mesmo preferiu não gravar entrevista, disse que estará investigando o caso e se colocou à disposição das pessoas que se sentiram afetadas com o ocorrido.

“A gente não está condenando a polícia, tem até que agradecer a polícia que trabalha muito, só a atitude do policial acho que ele não pensou. Hoje com certeza ele já não faria isso. Foi um momento de um erro, como a gente também comete erros, talvez fazendo coisas sem pensar. Mas com certeza iremos tomar alguma atitude”, concluiu. 

Agressão

O árbitro Claudemir Koteski aproveitou a presença dos militares para registrar um boletim de ocorrência contra o jogador Cafú da equipe da Colina. Aos 41 minutos do primeiro tempo o atleta contestou a não marcação de uma falta e desferiu uma cabeçada em Koteski. O arbitro sofreu um corte no lado da cabeça e caiu no chão. O confronto ficou interrompido por três minutos.

 

 


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