Agricultura

Campos Novos decreta situação de emergência em decorrência da estiagem

  • Jardel Martinazzo
  • 07/01/2022 07:00
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Foto: Ilustrativa-divulgação

O município de Campos Novos, localizado no meio oeste de Santa Catarina, é considerado o Celeiro Catarinense. Com uma população aproximada de 38 mil habitantes, é o terceiro maior município do estado em extensão e o maior produtor de grãos de Santa Catarina.

Somente na safra 2021/2022, possui uma estimativa de área cultivada de mais de 57 mil hectares de soja e aproximadamente 13 mil hectares de milho.

Infelizmente, o longo período de seca no final de 2021 afetou severamente as culturas plantadas no município. No mês de dezembro foram registrados apenas 25 milímetros de chuva, longe dos mais de 150 milímetros da média histórica para o mês.

Em razão dessa estiagem, as perdas e danos estão sendo registradas não só na agricultura, mas também na pecuária, no abastecimento de água, tanto na cidade quanto no campo, nos bebedouros para dessedentação animal, além de prejuízos econômicos, públicos e danos humanos.

Em virtude disso, o poder executivo municipal realizou a reunião, através da Defesa Civil Municipal, com os conselhos, clubes de serviços e entidades municipais, no final da tarde desta quinta-feira, dia 06, para decretar o evento caracterizado como situação de emergência (estiagem).

De acordo com o diretor local da Defesa Civil, Fernando Buzzi Junior, os prejuízos financeiros totais no município ultrapassam os R$ 135 milhões, o que corresponde a aproximadamente 75% de toda a arrecadação anual do município. Mais de 1 milhão de litros de água foram distribuídos no interior do município e R$ 135 mil foram utilizados pela Secretaria de Agricultura para o combate ao Dano Humano.

O prefeito de Campos Novos falou sobre o decreto de emergência: “Acabamos de assinar um decreto que coloca nossa cidade em situação de emergência, em decorrência da estiagem do último mês de 2021. Nos últimos dias trabalhamos incessamente para levantar os prejuízos e danos causados pela falta da chuva, tanto na pecuária, quando na agricultura. Há pouco reunimos defesa civil e outros órgãos da administração e não nos restou outra alternativa a não ser de decretar estado de emergência para que possamos buscar recursos estaduais e federais para minimizar o impacto dessa que é uma das maiores crises hídricas dos últimos tempos. Trinta propriedades rurais estão sendo abastecidas e muitas já tiveram suas produções comprometidas, mas reforço meu compromisso com a cadeia produtiva em não medir esforços para fazer o que for possível para diminuir as perdas. ”

Ainda segundo o levantamento da Defesa Civil, em torno de 30 propriedades estão sendo atendidas com abastecimento de água potável ou abertura de bebedouros para dessedentação animal.

Fonte: Assessoria de Imprensa


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