Contas e mais contas... Aprender a lidar com os incontáveis boletos que chegam no final do mês requer de cada um de nós maestria quanto à capacidade de gerenciamento financeiro. Por conta do intenso fluxo monetário com o qual convivemos (e no qual também temos participação na forma de compradores), os investimentos não planejados comumente causam surpresa, de maneira tal que chegamos a ponderar se aquele gasto é realmente necessário naquele momento ou se pode ser adiado para dali a 30 dias. O preço da saúde, contudo, entra como um dos itens que, infelizmente, não pode ser postergado, ainda mais quando avaliado no contexto da deterioração de um quadro clínico pincelado pela progressão de uma doença grave. No entanto, como arcar com valores de consulta e custos de procedimentos cirúrgicos tão elevados como se encontram nos dias de hoje?
No gancho dessa pergunta, surge outra ainda mais capciosa: por que os médicos optam por cobrar tanto? Seriam eles sanguessugas ambulantes que não se contentam com um salário mediano no final do mês? O preço da saúde insiste em permanecer em níveis astronômicos desde muito tempo, abraçando um cenário de lucratividade desenhado pelo fornecedor do produto importado e que tem seu desfecho em um atendimento no consultório ou intervenção no bloco cirúrgico. O que me traz real desconforto não é perceber como o custo final de uma atividade recai sobre o paciente (ao passo que, como todo cliente, ele é o último elemento na cadeia de prestação de serviços), mas sim a percepção de quão voraz se torna a fome pelo capital adquirida por grande parte dos médicos a partir da conclusão de sua formação profissional, estejam eles saindo de uma graduação a nível público ou privado, de maneira tal que o preço de qualquer tipo de serviço prestado por eles acabe permanecendo fora das possibilidades financeiras de uma parcela considerável da população.
Um resultado direto da capitalização da saúde é a sobrecarga verificada sobre os ombros do Sistema Único de Saúde (SUS), um programa de importância imensurável e dimensões continentais que se torna alvo de rigorosas críticas, tanto pela demora no desenrolar da prestação dos atendimentos, quanto pela disponibilidade, até certa forma limitada, de serviços e profissionais. Lembremos aqui que a falta de mão de obra para operar em prol da população também tem sua origem ligada à questão salarial, haja vista que o valor salarial disponibilizado pelo Estado se encontra bastante aquém daquele desejado pelo profissional médico... Novamente, a ânsia pelo lucro entra na jogada.
Nesse sentido, quanto vale uma consulta? Vale o preço que for, desde que seja digno, a tal ponto que o trabalhador de baixa renda se sinta confortável em pagá-lo em troca de um bom atendimento. Atendimento este que salva aquele ou aquela que espera há muito tempo nas filas intermináveis do SUS e que vem piorando a cada dia... Nada mais sensato, portanto, do que exercer a ética profissional e a generosidade de forma sincrônica: auxiliar de bom grado o paciente e com lucidez suficiente para impor um limite ao instinto de enriquecimento. Mesmo porque, o agradecimento sincero vindo de uma pessoa que teve sua doença tratada, sua dor sarada, de fato, é mais valioso do que todo o dinheiro do mundo.
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